DESABAFO
Somos nós homens ingênuos? Que somente por um dia esquecemos o que somos? Explodem fogos na praia, singram balas pelo ar no início de um novo ano Bebidas, festas e danças não combinam com sangue, morte e falta de alimentos Mas, afinal, quem somos que esquecemos onde vivemos? País de belezas imensas e ao mesmo tempo um país de devassidão Somos nós capazes de parar o tempo? E mostrar a nós mesmos o quão fracos somos? Não, tudo se repete e se mostra podre Cansei, não somos mais ouvidos e somos sorrateiramente ludibriados Falso é pensarmos que nosso povo é feliz No Planalto Central brilham luzes enquanto nosso povo é desprezado Enganado, jogado para fora da nossa tão falada e citada sociedade De direitos iguais para todos Não, nosso país esqueceu dos seus cidadãos! Mas, fazer o que, enquanto pipocam luzes pelos ares Nosso povo sofre pela fome, pela falta de saúde, pela falta de palavra dos Nossos tão elegantemente chamados governantes. Que só enxergam seu próprio umbigo selado em uma grande suíte de um bom hospital! Chega, recolho-me ao meu insignificante canto e oro por todos e Os fazedores da dor, do sofrimento, visto no olhar deste povo sofrido.
Francisco Albano Boscatto
Enviado por Francisco Albano Boscatto em 03/01/2008
Alterado em 11/01/2008 |